Trago na fonte e estrela do fogo da minha revolta Nunca aceitaria qualquer tirania nem a do dinheiro nem a do mais justo ditador nem a própria vida eu aceito... tal como ela é com todas as promessas do amor e da juventude e a parda doença de envelhecer a morte em cada dia antecipada Na mais lebrega alfurja ou na cama de folhas macias da floresta onde a chuva te adormeceu há sempre um diamante de sol cujos raios te penetram de ventura ao sonhares a palavra liberdade Quando a terra poluída tiver sorvido toda a água dos lagos e das fontes hei-de levar o meu fantasma até ao porto sonoro onde a esperança cai a pique sobre o mar dos desejos sem limite Urbano Tavares Rodrigues