Entre o outono e a neve construí uma ilha e deixei correr nos meus olhos a véspera de um rio e a linguagem absurda das ideias com identidade suspeita. Na vertente do corpo havia um lugar frágil, onde o cheiro das maçãs se transformava em orvalho e as mãos escorregavam pelo lado morno da voz, até à represa de um chamamento azul. Vim do lado sul de todos os caminhos que vão dar à sede. Conheci a turbulência de um verão intacto e desenhei a curva incontornável da lua cheia. Graça Pires