Nas festas sempre vêm de longe algumas pessoas adultas; estranhos, uma família distante da esposa ou dos amigos. Em geral é a última vez que os vês, ou também a primeira, quase como os retratos dos velhos mestres na pequena Exposição de Época. Querem manter-se galhardos e sorriem para ti, e para um par de pessoas mais, como se quisessem gravar suas fotos no ar. Vê, move-se-lhes o branco dos olhos. Entretanto esfria a comida, o vodka nos copos impregna-se de vidro, e eles seguem falando, oferecem-te a tarte que prepararam em casa. Os homens já têm sono, as crianças dormem. Mas quase sempre alguém os escuta até ao final. um jovem tímido, bem educado, já com idade para tomar vodka com os adultos, todavia um pouco aflito com as mulheres, ainda sozinho consente amavelmente as palavras de uma velhinha afável, que amanhã terá de acompanhar à estação depois do pequeno-almoço. Piotr Sommer