És a única árvore no mundo que recusa crescer em direcção à luz. Em vez disso enterras-te com raízes cada vez mais profundas, camada de terra após camada, tempo passado, rumo ao calor, e calculas já estar a meio caminho. Depressa deixas de sentir as toupeiras, minhocas ou raízes de outros seres, tetra-cego das cavernas na sua noite infinita. O frio é cada vez maior. Não sabes se consegues crescer a distância necessária para encontrares o magma. Estás só, mas a caminho. Ingmar Heytze, trad. Maria Leonor Raven-Gomes