Sinto pelo atraso: a chuva e o casaco impedem o apressado. Nunca sei a hora incerta da chegada. Muitas vezes me enredo nas teias da janela. Nunca saio mais cedo para o trabalho. Muitas vezes sou o último na batalha. Refaço o jarro e jogo a água: a flor se afoga em gargarejos. A água revolta a terra residual. O vaso quebrado na ilusão da liberdade. Desculpe-me pelo atraso: a água escorre as flores ao piso. Pedro Du Bois