Adivinha
Posso adivinhar ao fim da noite
Uma mão de tinta colorida no
Muro das pálpebras e o som de
Beleza ampliada dos diálogos
Do fim do mundo e da sagração.
Fustigamo-nos de afeto e temos
A escuridão do dia esmagada no
Rasto da luz que lhe atiramos e
Caminhamos parados como os
Astros e cantamos o peso da leveza.
Estamos acima e à frente. Nunca
Longe. E guiamo-nos de tão perto
Até que as mãos sejam toda a pele.
Alexandre Honrado
Publicado em 4 de Outubro de 2014