Vejo o mundo. E ao ver as coisas do mundo, com a sua realidade própria, vejo também a diversidade que existe em cada coisa, distinguindo-a, múltipla ou plural. como se diz. No entanto, o que eu vejo é sempre igual ao que eu penso que o mundo é; e tudo se torna semelhante, dentro deste mundo que é o meu, e é sempre diferente do mundo que existe no pensamento de outro. É por isso que não penso nas coisas do mundo como se fossem minhas; e que o deixo para os outros, para que eles façam o mundo como quiserem, para que seja diferente do meu, quando o olho, e o que vejo me restitui o mundo como eu o quero, diferente do mundo que os outros pensam. Nuno Júdice