trabalhos do olhar
não
não tenho medo de morrer aqui
nem receio os cães velocíssimos de guarda
às azenhas não reveladas do teu corpo
medo da memória
sim... receio que as cabeças tristes dos galgos
aqueçam na fulguração breve dos relâmpagos
e corram repentinamente para fora do papel fotográfico
destruindo estes preciosos trabalhos do olhar
Al Berto
Publicado em 20 de Abril de 2015