O corpo não responde às vozes de comando, como um cão estropiado já desdenha os apelos os antigos convites às funestas moradas, esqueceu-se do ponto vai olvidando senhas os códigos das grutas acumulando lixos as servidões austeras diluem-se num canto o corpo não atende chamadas não estremece ao ruído da chave não suporta qualquer intromissão secou num aterro, os restos à vista a memória escava da lembrança os rastos avidamente suga de tal fausto os ossos, de tão vitais cerimónias nos tão secretos barcos mesmo o pouco que resta ainda se mastiga. Fátima Maldonado