Todas as palavras que profiro,
E todas as palavras que escrevo,
Deverão alargar as suas incansáveis asas,
Sem nunca repousarem no seu voo,
Até chegarem ao sítio do teu coração tristíssimo,
E cantarem para ti à noite,
Para lá de onde se movem as águas,
Escurecidas de tempestade ou estelíferas.

W. B. Yeats, trad. Vasco Gato