Há um momento em que percebemos que as perguntas nos deixam mais perto do sentido, da abertura do sentido, do que as respostas. Que as respostas são úteis, sim, que precisamos delas para continuar a viver, mas que a vida transforma as próprias respostas em perguntas. E não perguntamos necessariamente por nos termos enganado ou por considerarmos insuficiente a experiência que fazemos. A pergunta é a grafia da excedência com que a vida se manifesta.
José Tolentino Mendonça