Lívido alvorecer, eu estou sem deus.
Caras de sono andam pelas ruas
sepultadas por feixes de erva gelada.
Gritam no frio oco os vendedores.

Alvoradas mais densas de cores já vi
nos mares nos campos inutilmente.

Entrego-me ao amor daqueles rostos.

Sandro Penna, trad. Andrea Ragusa