Nunca
dos nossos lábios aproximaste
o ouvido; nunca
és os silêncio,
o duro espesso impenetrável
silêncio sem figura.
Escutamos, bebemos o silêncio
nas próprias mãos
e nada nos une
- nem sequer sabemos se tens nome.
Eugénio de Andrade
"bene senescere sine timore nec spe"
blogue de Ana Roque
Publicado em 29 de Março de 2023