Post-post A propósito do meu post intitulado Onde radica a liberdade, pergunta-me a Charlotte se, sem amor, mas cominteligência, também existirá a mesma felicidade, ou se é parte integrante e indispensável do conceito; fugindo à tentação de responder como devia, com modéstia e muitas dúvidas, creio que o amor é exemplo do atíngivel num contexto de liberdade baseada na coragem de estar consigo mesmo, e não forçosamente uma parte desse todo. The way I see it, o que no fundo mina a felicidade é a complacência, o entendimento da liberdade como distanciamento e o da coragem como negação da entrega ao outro; mas há decerto quem seja feliz porque escolhe a sua própria vida, ainda que goze apenas de uma micro-liberdade de fazer o que entende, que confunde com a liberdade inteira, e cultive somente a coragem da solidão, sem nunca se atrever ao risco da dádiva de si, que confunde com uma inaceitável limitação. AmAtA --------