Castigo A conselho de três ou quatro vozes que só querem o meu bem, tive hoje a manhã mais enfadonha que se possa imaginar: para encontrar e gravar os posts do Modus desde o dia fausto e luminoso em que veio ao mundo até ontem, gastei horas, disquetes, paciência (e, como se tudo isto não bastasse, a tarefa foi devidamente condimentada por um vago sentimento de inutilidade face ao acto de resgate...que, mau grado a aplicação contrariada, creio incompleto, mas enfim...não há-de ser grande perda). A questão é que, ao longo destes noventa e pouco dias (portanto, mesmo descontando as ausências, mais de cem posts garantidos), nunca tinha pensado em conservar o registo, crente no carácter imparável e deslizante das palavras no tempo, e sobretudo desta, esgotadas no momento em que surgem, presas às vivências que as originaram de um modo muitas vezes inseparável, quando não gritante. Mas lá consegui, em formatos estranhíssimos, ir gravando textos desiguais como irmãos, tão vivos, alguns, como os habitantes de Pompeia, tão mortos, outros, como quem sabe que só está vivo ainda, não mais do que isso. Mas, diligente e aplicada (mesmo se o método é, muitas vezes, tão inextrincável como o significado das frases píticas...sabe quem sofreu com isso!), digo: já está, salvas inabilidades técnicas na recolha, que devem ser muitas. Para quê? Para nada, ora essa! Em qualquer caso. Ana Roque --------