(Amor omnia vincit) Diálogo horizontal sobre a duração do amor: - Não tem prazo de validade ínsito, nós é que temos... o normal é durar tanto quanto os amantes, se o são mesmo, de corpo e alma; mas o que acontece é que há um tempo de engano e um tempo de revelação do erro - depois as pessoas separam-se justamente porque, ao menos para uma delas, não era amor. - Então não sabes se é amor a não ser 'a posteriori', não é? Nunca sabes, no decurso do tempo de vivência, se é mesmo the real thing, ou se simplesmente o erro ainda não se revelou... - Não consigo argumentar em contrário, a não ser com apelo ao menos lógico dos critérios - o estômago, como tu dizes, ou a intuição profunda, a epifania irrecusável que nos diz, em segredo gritante, desde o primeiro minuto, se aquilo é ou não para durar indefinidamente. É pouco, mas é o que há.